terça-feira, 6 de outubro de 2015

MEIO FIO DA VIDA

As vezes falo tanto que me perco nas palavras
Outrora as palavras falam tanto que se perdem de mim

Não se compreende
Mesmo o simples ponto
Nem as virgulas que coloco
Tão pouco minhas reticencias

As vezes o tempo me da pouco de si
as vezes me dou pouco para o tempo

Tem dias que sonho tanto
E falo tanto todo dia
Já dizia chaves:
Ninguém tem paciência comigo

Quero ouvir e não ouço nada
quero falar e não se ouve nada

Uns poucos mudos
Uns poucos surdos
Uns poucos desconfigurados
Todos perdidos

As vezes rio tanto que soluço
Outrora soluço tanto que rimos

Mazelas da vida
Sorrisos e gargalhadas
de mim ,pra mim e comigo
Não falamos nada com nada

Penso e penso tanto que me sinto cheia
Tem dias que me encho tanto que nem penso

Fosse fácil reagir
Pensava pensava e agia
Mas nem sei se penso tanto
Se me desencanto e nem penso

E quando acredito me esvazio assim
De vazio a silencio descanso dentro de mim

Feliz
feliz
tirana de mim

Angélica Santos Marra







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