terça-feira, 28 de setembro de 2010

ENDEREÇO

Eu quero um endereço
Pra mandar cartas sempre que eu estiver afim
Quero um  par de chinelos novos
Pra andar por ai
Quero a chave de algumas lembranças
Pra eu passear por lá sempre que tiver saudade de ti
Quero a certeza do não e do sim
Quero acabar com o talvez que menti pra mim
Sou eu, DEUS e eu e mais alguém perdido
Um dia sempre corrido
Mas sempre feliz
Quero o orgulho na medida
Se existir
Quero a alma destemida a arriscar
Quero apenas a calma movendo em mim
Se nada for possivel
Repito
Quero um endereço qualquer
Que DEUS possa receber as cartas
Desabafos e reclamaçoes de mim

Por fim,obrigado,por sempre me ouvir!
...

sábado, 25 de setembro de 2010

Que atrevimento!

Meu respeito me parou,quando o desrespeito levantou a mão
Minha paz me calou quando a loucura quis falar pela razão
O meu medo teve medida quando parou meu olhar
Minha voz calou e se colocou a concordar
Só por ser certo parou o tempo
Se formou uma opinião em conjunto
Meu coração entendeu e disse sim
E se colocou o ponto final no fim
.
Meu egoismo gritou!
Enquanto meu medo ria aliviado
Ironica a paixão falava:
- Ainda queres saber o que é amor?
E o orgulho esclamou mais alto:
O meu desrrespeito me desrrespeitou,quando se manteve calado como sempre
Ao menos uma vez não dava pro seu coração ser irracional
Era pra agir e não pergunta
Pra ser quem chega de masinho sem avisar
Pra perder a noção na hora certa
Pra estrapolar quando não podia
Pra parecer um criança que faz birra
Porque até o medo teve medo de si
Quando te viu temer tanto assim
Só por isso eu apago esse ponto
Chega de fim


Três pontinhos




Levo-te comigo guardado em algum lugar
Porque vc foi a minha exceção
A vírgula na minha história
Você foi os três potinhos que eu fiz segredo
A exclamação do meu medo
A parte sem coerência
Vc  foi à pausa de tudo dentro de mim
Enquanto o mundo girava
As aspas do meu querer aprender mais
O meu ponto de interrogação depois do porque não
Foi os dois pontinhos seguidos por Shakespeare
Meu Confúcio,minha confusão
Foi à prova que eu errei a exclamação
Foi o meu medo seguido de ponto final
O ponto final que repetiu três vezes
A minha mentira entre aspa
A minha ironia engraçada
A parte que riu em mim de mim
E eu a narradora e atriz
A princesa e o poema
A vírgula e as borrachas
O até logo pra sempre
O diário de suspense e os romances
Os três pontinhos teimosos de sua história