terça-feira, 20 de outubro de 2015

Elias Abreu



Tenho pensado em quantos sorrisos se perdem quando uma vida se vai
quantos planos tem fim no meio de uma estrada
 pessoas se perdem por não terem nada para agarrar

Palavras são tão estranhas agora
Ainda vejo e não queria lembrar
memorias que eu nunca controlo
Mãos inchadas rosto velho 
cabelos grisalho e um terno

tenho certeza que era muito apertado
muito apertado viver sem ver direito
tanta risadas, quantas incompreensões
muito incomodo viver sempre calado 
consigo mesmo o tempo todo

sua solidão e sua paz
aqueles dias que se senta num mesmo sofá
as horas que se passa ali do seu lado

Sinto e vejo como se fosse ontem
Anida te vejo no mesmo lugar
esperando sei la o que
talvez fosse só alguém pra te ouvir
quem sabe quisesse rir
ou conversar


por:Angélica Marra

terça-feira, 6 de outubro de 2015

MEIO FIO DA VIDA

As vezes falo tanto que me perco nas palavras
Outrora as palavras falam tanto que se perdem de mim

Não se compreende
Mesmo o simples ponto
Nem as virgulas que coloco
Tão pouco minhas reticencias

As vezes o tempo me da pouco de si
as vezes me dou pouco para o tempo

Tem dias que sonho tanto
E falo tanto todo dia
Já dizia chaves:
Ninguém tem paciência comigo

Quero ouvir e não ouço nada
quero falar e não se ouve nada

Uns poucos mudos
Uns poucos surdos
Uns poucos desconfigurados
Todos perdidos

As vezes rio tanto que soluço
Outrora soluço tanto que rimos

Mazelas da vida
Sorrisos e gargalhadas
de mim ,pra mim e comigo
Não falamos nada com nada

Penso e penso tanto que me sinto cheia
Tem dias que me encho tanto que nem penso

Fosse fácil reagir
Pensava pensava e agia
Mas nem sei se penso tanto
Se me desencanto e nem penso

E quando acredito me esvazio assim
De vazio a silencio descanso dentro de mim

Feliz
feliz
tirana de mim

Angélica Santos Marra