Primeiro amor primeiro,
guardo-te e me atrapalho,
tenho-te e me prendo ao vácuo.
Olho-te e não és tu.
Nem percebo!
Penso que é água,porém é vinho que bebo.
Penso que és tu e a ti assemelho.
Perco-te outra vez.
Reciclo a sua imagem,
reciclo seus gestos,
seu olhar e seu jeito.
Tento te encontrar e encontro em partes,
mesma alegria no olhar.
Mas Cadê a tua face no espelho?
Querido,outro dia...
Perdi um sorriso,perdi um olhar.
Agora me reviro e viro
Procurando no travesseiro.
Os amores que perdi não sei porque.
Tavez o amor travesso.
Esse final teimando o recomeço.
Agora atravesso essa parede
Que bombeia meu sangue
Querendo matar a sede
Que me atravessa outra vez
Fazendo do novo uma copia velha
Que meus olhos mudos já não aceitam
Porém amigo,pensei comigo
Mais tarde vou arriscar
Celebrar uma nova paixão
Enterrar a antiga solidão
Deligar-me desse apego
Vou usar outro tempero
Amenizar o amargo doce fel
Que cobre o meu paladar
Esquecer com puro mel
Esperanças antigas
Que não queria abandonar
E só dessa vez nada de te reciclar
Angélica Santos Marra
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